Mãe solteira enganada pelo próprio filho comprou uma cabana por 25 centavos — e depois descobriu um segredo assustador
Quando Eleanor recolhia suas compras, a porta dos fundos da loja se abriu. Um homem alto, com traços afiados, entrou. Ela o reconheceu imediatamente como o observador da linha das árvores. De perto, seu chapéu com faixa prateada brilhava à luz do lampião, e seu casaco carregava a poeira de uma cavalgada árdua.
“James Reynolds“, ele se apresentou, estendendo uma mão que Eleanor notou ser calejada por anos de trabalho duro. “Ouvi dizer que você fez uma compra interessante ontem.”
“As notícias viajam rápido”, respondeu Eleanor cautelosamente. “Especialmente as más notícias.”
O sorriso de Reynolds não alcançou seus olhos. “Estou aqui para fazer uma oferta. $500 por aquela cabana. Dinheiro em mãos hoje.” O lojista deixou cair um pote de conservas. O estrondo ecoou no silêncio repentino.
“Essa é uma margem de lucro e tanto”, disse Eleanor com cuidado. “Por que você pagaria tanto por algo que ninguém mais queria?”
“Digamos apenas que eu tenho apegos sentimentais ao lugar. Sentimentos suficientes para observá-lo de longe das árvores.” A mão de Reynolds moveu-se ligeiramente mais perto de seu quadril. “Eu tenho vigiado aquela propriedade por muito tempo, garantindo que ninguém perturbe o que deve permanecer intocado, mas agora que alguém é legalmente o dono…” Ele tirou uma bolsa de couro pesada de moedas. “$500. Oferta final.”
Eleanor olhou ao redor da loja. Cada rosto refletia a mesma mensagem: Pegue o dinheiro e vá embora. O que quer que estivesse debaixo daquele assoalho da cabana, a cidade inteira sabia disso, e todos concordavam que deveria permanecer enterrado. Mas algo no desespero de Reynolds a deixou desconfiada. Homens não ofereciam 20 vezes o que algo custava a menos que precisassem desesperadamente daquilo.
“Agradeço a oferta, Eleanor”, disse ela, recuando em direção à porta. “Mas acho que vou ficar com meu investimento.”
A expressão de Reynolds escureceu. “Isso seria imprudente.”
“Você está me ameaçando?”
“Estou tentando salvar sua vida.”
As palavras pairaram no ar como fumaça de um fogo moribundo. Todas as pessoas na loja ficaram perfeitamente imóveis. Antes que Reynolds pudesse explicar o que queria dizer, o som de múltiplos cavalos se aproximando fez com que todos congelassem. Pela janela, Eleanor pôde ver três cavaleiros desmontando em frente à loja.
“Tarde demais”, sussurrou Reynolds. “Eles sabem que você viu.”
Os três homens que entraram moveram-se com propósito. O primeiro, alto e magro, com um distintivo de deputado preso ao colete, examinou a sala antes que seus olhos pousassem em Eleanor. O segundo era mais velho, bem vestido, com as mãos macias de quem nunca trabalhou braçalmente. O terceiro manteve a mão na arma e se posicionou perto da porta.
“Harold Coleman“, anunciou o homem bem vestido, embora não estivesse se apresentando a Eleanor, mas olhando para Reynolds. “Eu pensei que tínhamos um acordo sobre esta situação.”
A mandíbula de Reynolds se contraiu. “Eu ofereci dinheiro justo a ela. Ela recusou.”
“Dinheiro justo?” Coleman riu sem humor. “Você ofereceu o suficiente para comprar um pequeno rancho. Você não acha que isso a faria curiosa sobre o porquê?”
Eleanor percebeu que estava assistindo a uma conversa que fervilhava há anos. Esses homens se conheciam bem; provavelmente haviam discutido esse cenário exato muitas vezes.
“Senhores”, ela interrompeu. “Eu não sei o que está deixando todos vocês tão agitados por uma cabana em ruínas, mas vocês já abriram o assoalho?”
Coleman a interrompeu. “Que assoalho?”
A pergunta atingiu como um golpe físico. Todas as pessoas na loja prenderam a respiração de uma vez. O lojista se afastou de seu próprio balcão.
“Que assoalho?”, Eleanor perguntou, embora ela já soubesse.
Coleman se aproximou. “A seção selada. Não finja que não notou. Todo mundo que já esteve naquela cabana percebe. É por isso que ninguém mora lá há 15 anos.”
“O que está embaixo?”
“Papéis“, disse Coleman simplesmente. “Papéis velhos que algumas pessoas prefeririam que permanecessem enterrados.”
“Que tipo de papéis?” O deputado falou pela primeira vez, sua voz rouca de anos de tabaco. “O tipo que pode enforcá-lo ou torná-lo rico o suficiente para desaparecer para sempre.”
De repente, as peças começaram a se encaixar com clareza aterradora. A cabana não estava abandonada. Estava quarentenada.
“Então, o proprietário anterior”, disse Eleanor lentamente. “Ele escondeu algo e então o quê?”
“Morreu antes que pudesse recuperá-lo. Assassinato“, disse Martha Wilson da porta. Todos se viraram para ver a velha senhora parada ali, seu xale firmemente agarrado aos ombros. “Thomas Harrison foi assassinado 3 dias depois que ele selou aquele assoalho. Baleado pelas costas enquanto cavalgava para a cidade.”
O rosto de Coleman ficou branco. “Martha, você precisa parar de falar.”
“Não”, sua voz estava mais forte do que sua aparência frágil sugeria. “Esta mulher merece saber no que se meteu.”
“Thomas Harrison descobriu algo sobre os negócios de terras neste condado. Algo que envolvia pessoas muito importantes vendendo a mesma propriedade para vários compradores, embolsando o dinheiro e desaparecendo. Thomas tinha provas: nomes, datas, documentos falsificados. Ele ia expor toda a operação, mas eles o pegaram primeiro. Esses papéis debaixo daquele assoalho poderiam destruir metade das famílias ricas de três condados.”