Garota negra gastou seus últimos US$ 8 ajudando Hell’s Angel — no dia seguinte, 100 motociclistas trouxeram um presente que mudaria suas vidas
Ela dobrou as notas cuidadosamente e as colocou no bolso. Em seguida, iniciou a caminhada de três quilômetros para casa. Era tarde. As ruas estavam tranquilas. Sienna estava exausta, mas manteve a cabeça erguida e seguiu em frente. Ela decidiu cortar caminho pelo estacionamento do posto de gasolina. Havia um banheiro lá, e ela precisava parar.
Foi quando tudo mudou.
Uma Escolha na Escuridão
Sienna empurrou a porta do banheiro do posto e saiu para o estacionamento. As luzes fluorescentes no alto piscavam e zumbiam. Eram pouco mais das 23h e o lugar estava quase vazio.
Foi então que ela o viu. Um homem enorme, provavelmente com 1,90m de altura, com uma barba grisalha espessa e braços cobertos de tatuagens, estava encostado em uma motocicleta cromada sob uma das luzes. Ele vestia um colete de couro preto com vários emblemas. “Iron Horse Riders.” Mesmo à distância, Sienna conseguia ver o logotipo de caveira.
Ela tinha ouvido histórias sobre caras como ele. Todo mundo tinha. Perigosos. Criminosos. Fique longe.
Ela começou a andar em direção à rua, cuidando da própria vida.
Então o homem cambaleou, levou a mão ao peito, e seu rosto se contorceu de dor. Ele caiu de joelhos, ofegando. Sienna parou. O homem desabou no asfalto, de costas. Sua respiração vinha em explosões curtas e desesperadas. Seus lábios estavam ficando azuis.
Ela ficou ali, paralisada. Todo instinto gritava para ela continuar andando. Isso não era problema dela. Ela tinha Maya para pensar. Ela já tinha problemas suficientes na própria vida.
Mas então ela ouviu algo que fez seu sangue gelar.
O homem parou de respirar. Seu peito não se movia mais.
“Ei!” Sienna gritou em direção ao posto. “Ei, alguém ligue para a emergência!”
O frentista, um homem branco na faixa dos 30 anos, saiu com um cigarro na mão. Ele olhou para o homem no chão, depois para Sienna. “Moça, você tá maluca? Esse é um ‘Iron Horse Rider.’ Deixa ele em paz. Ele provavelmente tá drogado.”
“Ele está tendo um ataque cardíaco,” disse Sienna, elevando a voz.
O frentista encolheu os ombros. “Não é nosso problema. Esses caras só trazem problema. Acredite, você não quer se envolver.”
Um homem mais velho, talvez com 60 anos, branco, usando um boné de caminhoneiro, saiu da loja com um saco de batatas fritas. Ele viu a cena e balançou a cabeça. Ele caminhou até Sienna e segurou seu braço suavemente. “Moça, me escute. Não se envolva. Pessoas assim são perigosas. Você tem um filho para pensar, não tem? Dá para ver. Simplesmente vá embora.”
Sienna puxou o braço de volta. “Um homem está morrendo.”
O caminhoneiro balançou a cabeça novamente, murmurou algo e foi para o carro. Ele se afastou sem olhar para trás.
Sienna ficou ali sozinha no estacionamento. O frentista voltou para dentro, deixando-a com o homem morrendo. Ela olhou para ele. O peito dele não se movia. O rosto estava cinza.
Ela pensou em sua avó. Anos atrás, sua avó havia desmaiado em uma calçada da cidade. Um derrame. As pessoas passavam por ela. Ninguém parou. Na hora em que alguém finalmente ligou para o socorro, era tarde demais. Sienna tinha 12 anos quando recebeu aquele telefonema. Ela nunca havia esquecido.
Ela caiu de joelhos ao lado do homem. “Senhor, senhor, o senhor consegue me ouvir?”
Os olhos dele tremeram, mal se abrindo. Ele tentou falar, mas apenas um chiado saiu. “Remédio para o coração. Esqueci.”
Sienna pegou o celular. Um único traço de sinal, 10% de bateria. Ela discou 911. A ligação caiu.
“Droga!” Ela se levantou e correu em direção ao posto. Ela irrompeu pela porta. “Ligue para uma ambulância agora mesmo. Ele está morrendo lá fora.”
O frentista revirou os olhos, mas pegou o telefone atrás do balcão.
Sienna não esperou. Ela examinou as prateleiras, pegou um frasco de aspirina e uma garrafa de água. Correu para o balcão e os jogou ali.
“Quanto custa?”
“$6.50.”
Ela puxou os $8 do bolso – o dinheiro do café da manhã de Maya – e os entregou. O frentista lhe deu $1.50 de troco. Ela não esperou pelo recibo.
Ela correu de volta para fora. O homem ainda estava no chão, mal consciente. Sienna girou a tampa do frasco de aspirina, sacudiu dois comprimidos em sua mão, abriu a água e se ajoelhou ao lado dele.
“Ei. Ei, olhe para mim. Eu preciso que você mastigue isso. Você consegue?”
Ele abriu a boca fracamente. Ela colocou os comprimidos em sua língua.
“Mastigue. Força.”
Ele mastigou devagar, fazendo uma careta. Ela levou a garrafa de água aos lábios dele e ele deu um pequeno gole.
“A ajuda está a caminho,” ela disse, com a mão no ombro dele. “Você vai ficar bem. Apenas fique comigo.”
A mão dele se ergueu e agarrou a dela. O aperto era fraco, mas estava ali.
“Qual… qual é o seu nome?” ele sussurrou, a voz quase inaudível.
“Sienna. Sienna Clark.”
“Sienna?” Ele tossiu. “Você… você salvou minha vida.”
“Ainda não, mas estou tentando.”
Ao longe, sirenes uivavam. Elas estavam se aproximando.
Então, do nada, outra motocicleta entrou no estacionamento. Um cara mais jovem, talvez com 30 anos, também vestindo um colete, pulou e correu.
“Hawk! Oh, meu Deus, Hawk!” Ele caiu de joelhos do outro lado do homem. Ele olhou para Sienna, os olhos arregalados de choque. “Você… você o ajudou?”