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Garota negra gastou seus últimos US$ 8 ajudando Hell’s Angel — no dia seguinte, 100 motociclistas trouxeram um presente que mudaria suas vidas

 

Uma Escolha de Oito Dólares

 

Sienna Clark parou no escuro estacionamento de um posto de gasolina, encarando oito dólares amassados na palma de sua mão. Seus últimos $8, o dinheiro do café da manhã de sua filha para o dia seguinte. Foi então que ela ouviu o som. Um homem ofegando. Um motociclista enorme, vestindo um colete de couro com o emblema do clube de motociclismo “Iron Horse Riders,” desabou perto de sua Harley-Davidson, apertando o peito. Seu rosto ficou cinza. Ele estava morrendo ali mesmo no asfalto, e não havia mais ninguém por perto para ajudar.

“Não se meta, moça,” gritou o frentista do posto, encostado na porta. “Esses caras só trazem problema.”

Sienna olhou para o homem morrendo, depois para seus $8. Pensou em sua filha Maya acordando faminta no dia seguinte, mas ela simplesmente não conseguia ir embora. Correu para dentro, comprou aspirina e água com seus últimos $8, e se ajoelhou ao lado dele.

Ela salvou a vida dele sem saber quem ele era. O que Sienna não sabia é que aquela escolha mudaria tudo. Porque na manhã seguinte, cem motocicletas pararam na sua rua.

O Limite

 

Voltemos à manhã anterior, antes daquele posto de gasolina, antes de tudo mudar.

O alarme de Sienna tocou às 5h da manhã, como fazia todos os dias. Ela se arrastou para fora da cama no minúsculo apartamento que dividia com sua filha de seis anos, Maya, no bairro de Northwood, em uma cidade de porte médio. O lugar era pequeno, malconservado e ficava em uma vizinhança que já vira dias melhores, mas era o lar delas.

Ela foi para a cozinha e abriu o armário. Uma caixa de cereal quase vazia, meio litro de leite na geladeira. Ela despejou o último punhado na tigela de Maya, esticando o máximo que podia.

Maya saiu do quarto, arrastando os pés com o pijama, esfregando os olhos. “Bom dia, mamãe.”

“Bom dia, meu amor.” Sienna beijou o topo de sua cabeça e colocou a tigela na mesa. Ela não preparou nada para si mesma. Não havia o suficiente.

Essa era a vida agora. Contar cada dólar, esticar cada refeição, rezar para que nada inesperado acontecesse porque não havia reserva, nem rede de segurança, nada em que se apoiar. Sienna tinha dois empregos. De manhã, trabalhava na lavanderia “Clean & Fold,” dobrando roupas de estranhos por $11 a hora. À noite, era garçonete na lanchonete “The Highway Diner,” atendendo caminhoneiros e a clientela noturna, correndo atrás de gorjetas que às vezes somavam $20, às vezes menos.

Seu carro havia quebrado três semanas antes. Ela não podia pagar o conserto. Então, agora, ela andava para todos os lugares, quilômetros até o trabalho, quilômetros de volta para casa, em tênis gastos com um buraco na sola esquerda.

E as contas continuavam chegando. O aluguel venceria em três dias. Ela estava devendo $150. O proprietário já a havia ameaçado de despejo uma vez. O inalador de asma de Maya precisava ser reabastecido. $60 que ela não tinha. A conta de luz tinha um aviso de atraso colado na geladeira.

Mas Sienna não reclamava. Há muito tempo, ela havia aprendido que reclamar não pagava as contas. Sua avó a criou com uma regra simples: “A bondade não custa nada, meu bem, e às vezes é tudo o que temos para dar.”

Assim, Sienna sorria para seus colegas de trabalho, mesmo quando estava exausta. Ela perguntava aos clientes como havia sido o dia deles, mesmo quando seus pés doíam tanto que ela mal conseguia ficar de pé. Ela mantinha um pequeno diário ao lado da cama, onde escrevia três coisas pelas quais era grata todas as noites, não importava o quão difícil tivesse sido o dia.

Aquela terça-feira começou como qualquer outra. Ela levou Maya para o apartamento da vizinha, Sra. Lane, antes da escola, e depois seguiu para a lavanderia. Ela dobrou roupas por oito horas, sua mente no piloto automático. Jeans, toalhas, lençóis, repetidamente.

Às 14h, ela bateu o ponto e caminhou até a lanchonete. Seu turno só começaria às 15h, mas ela gostava de chegar cedo, tomar um café, sentar-se no fundo de um dos bancos e apenas respirar por alguns minutos.

Linda, sua colega de trabalho, uma senhora gentil que trabalhava na lanchonete há 20 anos, deslizou para o banco à sua frente. “Você parece cansada, querida.”

“Eu estou sempre cansada,” disse Sienna com um pequeno sorriso.

“Você se mata de trabalhar por aquela garotinha.”

“Ela vale a pena.”

Linda deu um tapinha na mão dela. “Eu sei que sim, mas você tem que cuidar de si mesma também. Está me ouvindo?”

Sienna assentiu, mas ambas sabiam que ela não tinha esse luxo.

O turno da noite foi agitado. Caminhoneiros, algumas famílias, adolescentes pegando batatas fritas tarde da noite. Ela sorriu, anotou pedidos, reabasteceu xícaras de café e não parou. Por volta das 22h, quando seu turno terminou, suas gorjetas somavam $23.

Ela sentou-se na sala dos fundos, contando o dinheiro na mesa. $23 em gorjetas, mais os $8.47 que lhe haviam sobrado de ontem. Total: $31.47. Ela precisava guardar $0.47 para a passagem de ônibus do dia seguinte. Isso a deixava com $31. Ela separou $23 para o aluguel. Sobraram $8 para o café da manhã de Maya e talvez algo pequeno para o jantar de amanhã à noite. $8.

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