O filho do milionário cuspiu em todas as babás… mas beijou essa empregada
Os lábios de Victoria se curvaram. “Errado? Você mora na casa dele. Segura o filho dele. Faz ele sorrir de novo. Como você acha que isso parece?”
Isabella não respondeu.
Victoria se inclinou, baixando a voz. “Eu te dou $60.000. Deixe aquela casa. Você fica com o dinheiro, eu fico com meu sobrinho. Todos ganham.”
Isabella encontrou seus olhos. “Eu não estou lá por dinheiro. Eu estou lá por Noah.”
Victoria riu friamente. “Todos dizem isso antes de pegar o envelope.” Ela se levantou, deixando um cartão de visita na mesa antes de sair, seus saltos ecoando como uma ameaça.
Isabella olhou para o cartão, depois se virou para a rua. O vento estava frio contra seu rosto, mas seu coração estava estranhamente quente porque ela sabia que o que sentia por aquela criança era real, e nada podia comprá-lo.
Naquela noite, depois que Noah estava dormindo, Isabella saiu para a varanda. A cidade abaixo cintilava em um mar de luzes. Ethan já estava lá, apoiado no parapeito, metade do rosto escondido na sombra.
“Victoria veio te ver, não foi?” ele perguntou baixinho.
“Sim,” ela respondeu.
“O que ela disse?”
“Que eu deveria ir embora.”
A mão de Ethan apertou o parapeito, sua voz estava baixa, mas firme. “Você não vai a lugar nenhum, Isabella.”
Ela se virou para ele, as luzes da cidade refletindo em seus olhos, frágeis, mas cheios de verdade. E naquele momento, Isabella percebeu que a verdadeira tempestade só havia começado.
Nos dias que se seguiram ao seu encontro com Victoria, uma tensão incômoda se instalou na Mansão Whitmore. Tudo parecia normal. Noah ainda ria. Isabella ainda cantava. Ethan ainda saía cedo e voltava tarde. No entanto, sob a calma, algo silencioso e pesado pairava, como o silêncio antes de uma tempestade.
Certa manhã, enquanto Isabella alimentava Noah, Dolores entrou correndo segurando uma revista de papel couché. Suas mãos tremiam. “Srta. Cruz, olhe, eles estão escrevendo sobre você.”
Na capa, havia uma foto de Ethan segurando Noah com Isabella ao lado dele, a mão dela levemente apoiada em seu ombro. O título gritava: “O Bilionário Solitário e Sua Babá Misteriosa: Amor Por Trás dos Portões Whitmore.”
Isabella congelou. O artigo estava cheio de especulações cruéis de que ela havia seduzido um homem em luto por dinheiro, que ela havia manipulado seu caminho para a vida dele. As fotos eram invasivas, momentos íntimos roubados de longe. Alguém os estava observando.
Ethan chegou em casa naquela noite, pálido e exausto, seu telefone tocando sem parar. “A imprensa e o conselho estão todos em cima de mim,” ele disse roucamente. “Alguém quer me destruir e está usando você para fazer isso.”
As mãos de Isabella tremeram. “É a Victoria, não é?”
Ele não respondeu. Seu silêncio foi suficiente.
No dia seguinte, o escândalo havia explodido. Repórteres acamparam em frente aos portões. Pior ainda, um tribunal de família havia reaberto o caso de custódia de Noah. O advogado de Ethan chegou, voz fria e profissional. “Sr. Whitmore, sob as circunstâncias, o melhor curso de ação é encerrar todo contato entre o senhor e a Srta. Cruz. A imprensa está enquadrando isso como um relacionamento inadequado. Isso pode comprometer sua custódia.”
Isabella se virou para Ethan, procurando por desafio, mas viu apenas dor e conflito em seus olhos.
“Você não acredita em mim?”
Ele cerrou os punhos, incapaz de olhar para ela. “Isabella, eu acredito, mas não posso arriscar perder meu filho.”
As palavras a cortaram. Ela se virou, lágrimas escorrendo pelo rosto. Ela sabia que ele não estava errado, e isso só fazia doer mais.
Naquela noite, ela arrumou suas coisas em silêncio. Dolores chorou, e Martha a abraçou apertado. Noah andava confuso, sentindo que algo estava errado. Quando Isabella o pegou nos braços, sua voz falhou. “Eu tenho que ir, meu pequeno, mas eu sempre vou te amar, tá?” Noah gritou, agarrando seu pescoço, recusando-se a soltar.
Ethan estava na porta, olhos vermelhos. “Eu sinto muito,” ele sussurrou.
Ela beijou a testa de Noah, depois olhou para Ethan. “Não sinta. Apenas cuide dele. É tudo o que eu sempre quis.”
Ela saiu pelos portões de ferro, o vento cortando seu cabelo como cacos de vidro. Atrás dela, o choro de Noah, “Mamãe!” rasgou a noite, um som tão cru que poderia quebrar o céu. Isabella continuou andando, carregando um coração que se sentia mais pesado a cada passo, deixando para trás o único lugar que já havia se parecido com um lar.
Naquela noite, Ethan ficou sozinho no quarto de Noah, olhando para o berço vazio. As paredes pareciam mais escuras, o ar mais frio. Ele ligou o antigo monitor de bebê, e do pequeno alto-falante veio o som fraco da voz de Isabella cantando uma canção de ninar em espanhol. Sua voz se desvaneceu lentamente, derretendo no silêncio. E naquele momento, Ethan entendeu. O que ele havia perdido não era sua reputação. Era a única mulher que havia trazido seu coração de volta à vida.
Uma semana se passou desde que Isabella deixou a Mansão Whitmore. Do lado de fora, a mídia ainda fervilhava com o escândalo. Mas dentro da vasta casa, havia apenas silêncio, um tipo de vazio que fazia cada som ecoar. Noah se recusava a comer, recusava-se a dormir. Toda vez que a porta se abria, ele olhava para cima, com os olhos arregalados de esperança, mas o rosto que ele ansiava nunca aparecia.